A vida nos proporciona momentos em que nos sentimos dentro de um escafandro onde presos em uma mesmice seguimos atarefados e cumprindo metas estabelecidas sem nem mesmo nos atermos à qualidade de vida que temos, levamos...
Jean-Dominique Bauby escreveu com memória e imaginação e por intermédio de milhares de piscares de olhos "O escafandro e a borboleta", uma obra que pode nos fazer repensar a vida que muitas vezes pensamos VIVER...VI-VER...
Libertar-se do escafandro que vestimos nem sempre é fácil, e não costuma ser simples. Para nos livrarmos desta armadura de borracha e metal inventada para permitir a exploração do fundo do mar é preciso vencer a barreira do imobilismo iniciando um movimento de mudança.
E como este primeiro movimento ou ação pode ser difícil!
Para Jean-Dominique e foi difícil após um acidente vascular encefálico voltar a colocar a língua no palato ("céu-da-boca")...
Seguir uma tabela de descompressão para evitar resultados catastróficos de uma embolia gasosa? Mas nem sempre será possível subir gradativamente à superfície da vida.
Embora possa parecer maravilhoso poder permanecer a três metros da superfície por alguns minutos, quando comparado à escuridão dos quarenta metros de profundidade é preciso se ater para a sensação de impotência de quem não consegue subir um metro sequer...
Vencer a inércia! A resistência passiva...iniciar o movimento.
Memória e imaginação são essenciais, pois possibilitam criar e recriar em nosso interior as possibilidades, desenhar e planejar cuidadosamente as ações, pensar e repensar, agir, avaliar, reagir!
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